quarta-feira, 18 de março de 2020

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Surdo-MUDO é um termo INCORRETO e não deve ser usado. Os termos CORRETOS: SURDO, PESSOA SURDA.


❌Não chamar: MUDO(A)
❌Não chamar: MUDINHO(A)
❌Não chamar: SURDO-MUDO(A)
❌Não falar: VOCÊ OU ELE/ELA é MUDO(A), MUDINHO(A), SURDO-MUDO(A)

✔Sim chamar: VOCÊ OU ELE/ELA é SURDO(A)
✔Sim chamar: Nome ex.: Anne

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

CURIOSIDADE?!?!


      Foi o abade francês Charles-Michel. Na metade do século XVIII, ele desenvolveu um sistema de sinais para alfabetizar crianças surdas que serviu de base para o método usado até hoje. Na época, as crianças com deficiências auditivas e na fala não eram alfabetizadas. O abade fundou, em 1755, a primeira escola para surdos, ensinando o alfabeto a seus alunos com gestos manuais descrevendo letra por letra. Esse método foi, então, aperfeiçoado ao longo dos séculos nos vários países onde foi adotado. "Em 1856, o conde francês Ernest Huet, que era surdo, trouxe ao Brasil a língua de sinais francesa", afirma Moisés Gazale, diretor da Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis), no Rio de Janeiro. Essa globalização do sistema foi facilitada pelo fato de os sinais também representarem - além das letras - conceitos como fome ou sono, permitindo a comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades. Em 1966, o médico americano Orin Cornett deu uma importante contribuição a essa linguagem, unindo a utilização dos sinais com a leitura labial. Hoje, cada país tem sua própria língua de sinais para surdos. Todas elas derivam do alfabeto manual francês, mas podem apresentar pequenas variações em função da gramática local. No Brasil o sistema é conhecido como Libras: Língua Brasileira de Sinais.




Fonte: mundoestranho.abril

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Tribuna Popular vira Audiência Pública e vereadores decidem retirar intérpretes e tradutores de Libras da lista de terceirização


Rayanne Félix - Ativista comunidade surda de Imperatriz ❤🌻
Lutando contra terceirização da Educação de SURDOS, na câmara municipal dos vereadores de Imperatriz.💪🏼👊🏼



Devido à repercussão da votação e aprovação da chamada “Lei da Terceirização”, em caráter especial foi aberta Tribuna Popular na manhã desta quinta (12), para os intérpretes e tradutores de libras que buscaram a Câmara Municipal para terem espaço na tribuna. A comunidade surda estava em peso.

            A representante dos surdos Rayanne Félix, que também é surda, professora de libras concursada da prefeitura e do estado, subiu à tribuna e começou a usar a língua de Libras sem interpretação de um tradutor. Os vereadores e pessoas da galeria não entendiam nada, foi quando a tradutora que estava no plenário usou o microfone para explicar que é assim que se sente quem não entende os sinais, não existe outra forma de comunicação que não seja através dessa ponte que tradutores e intérpretes fazem entre surdos para ouvintes e de ouvintes para surdos. Rayanne se disse indignada, pois é formada, estudou muito e venceu muitos obstáculos principalmente pela sua condição, para agora extinguirem seu cargo indo contra a lei federal que determina justamente o contrário. Disse ser professora e que na área educacional a terceirização não trás nenhum beneficio, pois o intérprete/tradutor tem que ter qualificação de muitos anos, e ser aceito pela comunidade surda. “Não é só colocar qualquer um como estão achando. Não é dessa forma. Precisamos ser valorizados também na questão salarial e com isso agora trás um grande desanimo a todos nós. A lei 10.436 assim como o decreto 5.626 trás os direitos linguísticos e a garantia de termos profissionais qualificados”. Ao fim de sua fala pediu uma resposta do por que disso e que nem ela nem a comunidade irão aceitar.

            Aleilde Tavares (intérprete de Libras) ocupou a tribuna e informou que existe diferença entre intérprete e tradutor, e a importância que essas qualificações tem na sociedade. “Terceirização não pode ser colocada na educação, estou abismada de ver tentarem fazer isso. Vocês sabem libras? A libras é uma língua e que precisa de intérpretes para os surdos serem ouvidos e entendidos, e somos nós que traduzimos os conteúdos. Não aceitamos terceirizarem o ensino pra surdos, não queremos pessoas mecanizadas e sim gente que os entenda, a cultura surda e o valor da língua de sinais. Vereadores que votaram nesse projeto de lei, tentem se comunicar sem um tradutor pra ver se conseguem. Ou você é a favor da comunidade de surdos, ou você é contra”, disse

            Os representantes disseram que foi dado início a uma luta que só começou.
            Na sequência os vereadores Ricardo Seidel, Carlos Hermes, Aurélio, Bebé, Ditola, Pedro Gomes e Sgt Adelino em suas falas colocaram que se precisa ampliar a cada dia a acessibilidade da comunidade surda em todos os órgãos de Imperatriz, não só nas escolas, mas em todos os lugares que tem gente, pois surdo é gente. Os diretos deles tem que ser garantidos em todos os lugares. Disseram ainda que há como reverter a situação, pois existe um vicio formal. Os cargos deveriam ser extintos primeiro para só depois ser aprovada a terceirização. Os 07 edis então apresentaram um pedido de anulação da votação da quarta (11) e entregaram à mesa diretora.

            O presidente José Carlos disse que o projeto do executivo do concurso público, está ha 30 dias na casa e que tudo isto está acontecendo por que tem vereadores que não participam das reuniões das comissões e sequer sabem o que está sendo votado. O assunto é tão pertinente que a tribuna popular se tornou uma sessão completa. “Espero que os legisladores que querem defender suas comunidades, depois de hoje passem a se dedicar mais ao seu mandato, participem das reuniões das comissões e leiam o regimento interno”.

            Informou que o problema da comunidade surda, dos intérpretes e tradutores será resolvido. A matéria terá emendas de Adhemar Freitas Jr e Fábio Hernandez, onde serão retirados os cargos da lista de extinção e incluídos na estrutura administrativa do município através de outro projeto (do concurso); Os cargos de professor de Libras de nível superior, de intérprete e instrutor de Libras.“Fiquem despreocupados pois a Câmara fará essa reparação”,disse.

            Em relação ao pedido de anulação da votação da terceirização, este seguirá para as comissões para apreciação.